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Uma alimentação equilibrada propicia uma melhor adaptação metabólica às mudanças provenientes do tratamento oncológico, colaborando para o controle dos efeitos adversos e minimizando os riscos de desnutrição e da perda ou ganho de peso inadequados.

Nesse contexto, dietas restritivas como a cetogênica, a Dukan e a low carb, (dentre outras) podem aumentar o risco de complicações decorrentes da perda de peso excessiva, carências nutricionais, queda da imunidade e outras alterações fisiológicas.

Facilmente encontramos, nas redes sociais ou em diversos websites, direcionamentos sobre estratégias alimentares relacionadas ao diagnóstico e tratamento oncológicos. Entretanto, muitas dessas informações não possuem embasamento científico e podem prejudicar a saúde do paciente.

A restrição de carboidratos é uma prática bastante comum entre pacientes oncológicos, visto que muitos acreditam que “o açúcar alimenta o câncer”, o que não é verdade. Sabemos que a maioria das células cancerígenas consomem prioritariamente glicose como substrato para gasto energético e isso não quer dizer que o consumo de carboidratos alimente o tumor, mas que os excessos podem ser prejudiciais, o que é muito diferente.

Além disso, o uso dos carboidratos como principal fonte de energia ocorre na maior parte das células do nosso organismo e, por isso, se “cortamos carboidratos” deixamos de fornecer nutrientes para o corpo como um todo, o que pode gerar quadros de desnutrição e colaborar para a ocorrência da síndrome anorexia-caquexia, caracterizada por inúmeras alterações metabólicas, entre elas: anorexia, perda de massa magra e do tecido adiposo, queda da imunidade, fadiga intensa, anemia, perda de peso involuntária e severa.

Outro fator importante é que somos indivíduos diferentes e temos necessidades diferentes, por isso, a avaliação nutricional oncológica visa a estabelecer uma estratégia personalizada para cada paciente, considerando seus hábitos de vida, estado nutricional atual, necessidade de suplementação nutricional e diversos fatores envolvidos no tratamento, critérios que não são considerados em dietas ou estratégias genéricas que, por isso, devem ser evitadas.

Então, fica a dica: tratamento oncológico não combina com restrições severas e dietas da moda. Busque um acompanhamento nutricional especializado para favorecer sua saúde e bem-estar durante esse momento.

Quer saber mais sobre o risco de dietas restritivas durante o tratamento oncológico? Entre em contato com a gente e mande suas dúvidas. Você também pode acessar o site do Instituto Nacional do Câncer (INCA) e encontrar diversas informações sobre o tema.


texto por:
Maria Iranilde Rocha de Andrade – Nutricionista (CRN: 10035) é graduada pela Universidade Estadual do Ceará (UECE) com Especialização em Saúde da Família pela Faculdade da Grande Fortaleza (FGF), Especialização em Nutrição Clínica pela Universidade Estácio de Sá (UNESA), Residência Multiprofissional em Assistência Hospitalar (HUWC – UFC), Especialização em Nutrição Oncológica pela Faculdade Aldeia de carapicuíba (FALC – em andamento) e Mestrado em Nutrição e Saúde pela Universidade Estadual do Ceará (UECE)

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